sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Terror Brasileiro - O caso das máscaras de chumbo de Niterói



Em 1966 um rapaz chamado Jorge da Costa estava empinando pipa no Morro do Vintém, em Niterói, quando fez uma descoberta que provavelmente o deixou traumatizado pro resto da vida: ele esbarrou com dois cadáveres.


Os corpos estavam caídos lado a lado, levemente cobertos pela grama. Não havia sangue ou outros sinais de luta no lugar. Os caras não mostravam nenhum ferimento, suas roupas não estavam rasgadas nem nada. O menino então voltou pra casa e entrou em contato com a polícia local que chegaram ao lugar e encontraram uma cena que até hoje desafia explicação racional. Os dois corpos trajavam ternos e capas de chuva. Perto do corpo a polícia encontrou uma garrafa de água (que estava vazia), e um pacote com duas toalhas.


Até aqui a história já parece bizarra o bastante (como qualquer morte múltipla sem causa aparente é), mas tem mais… Sabe por que a história ficou conhecida como o Caso das Máscaras de Chumbo? Porque os defuntos estavam usando justamente isso no meio da cara, estranhas máscaras de chumbo comumente usadas pra proteger o rosto de calor ou radiação.


Ok, então dois malucos subiram no morro com água, toalhas, ternos, capas de chuva e umas máscaras metálicas. Os policiais encontraram um caderno com um dos corpos que deixou claro que o caso nas mãos deles era mais misterioso e sinistro do que eles pensavam. Além de mensagens crípticas envolvendo códigos, símbolos estranhos e números que pareciam ser frequências de rádio, o caderno trazia uma folha avulsa com seguinte mensagem, copiada aqui na íntegra:



“16:00 está no local determinado.
18:30 ingerir cápsulas, após efeito proteger metais aguardar sinal máscara”




Ou seja, o que a primeira vista parecia ser uma pista no caso, acabou trazendo mais dúvidas ainda. Assim como o resto das anotações no caderninho, a mensagem jamais foi decifrada.

A polícia continuou investigando, mas nunca descobriu muita coisa além da identidade dos dois homens, que eram técnicos em eletrônica. Como você deve ter imaginado, autópsias dos dois cadáveres não revelaram nenhum tipo de toxina. A causa da morte é um mistério até hoje.


Os dois saíram de Campos no dia 17, dizendo que iriam comprar material de trabalho. Um carro também estava em seus planos de compras e traziam Cr$N 2.300,00 (dois e trezentos cruzeiros novos), segundo testemunhas posteriores. O dinheiro não foi encontrado. Todos os seus passos foram levantados pelos detetives fluminenses. Tomaram o ônibus às 9h e chegaram a Niterói às 14:30h. Compraram num armarinho as capas impermeáveis e num bar a água mineral (Casa Brasília, na rua Cel. Gomes Machado e bar São Jorge, à rua Marquês do Paraná). A moça que os atendeu neste último estabelecimento disse que Miguel parecia muito nervoso e toda hora olhava para o relógio. O tempo estava chuvoso e escurecia rapidamente. Dali foram direto para o local onde foram mortos. Isto no dia 17 de agosto de 66. Seus corpos só foram encontrados no dia 20.


Afinal, o que eram aquelas cápsulas? Quem as forneceu? Quem as manipulou? São perguntas que, se respondidas, poderiam trazer muita luz ao caso. Mas até hoje o caso permanece um mistério. Foram feitas outras diligências, exumação dos cadáveres, novos exames, inclusive de radiação, ouvidas novas testemunhas em Campos e Macaé, outros levantamentos do local, mais minuciosos e cuidadosos. Contudo, nada mais foi encontrado. Nada que pudesse esclarecer aquelas mortes misteriosas do caso das Máscaras de Chumbo.








Fonte: http://www.naosalvo.com.br/


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